13 de dez. de 2011

Aprenda a driblar a fome emocional!


Buscar conforto na comida para compensar tristezas e frustrações é uma atitude super comum, mas nem sempre a gente percebe que isso está acontecendo. E quando percebe, não consegue se conter. Nessas horas, os alimentos doces e gordurosos, por serem mais saborosos, são os primeiros a serem devorados num zás trás. “Essa fuga pode até proporcionar algum prazer, mas ele é momentâneo e vem sempre seguido de uma grande frustração”, diz a nutricionista Lara Natacci, mestre em comportamento alimentar pela Universidade de São Paulo (USP) e diretora da Dietnet Assessoria Nutricional, em São Paulo.

Felizmente, é possível se controlar diante da geladeira. Conheça cinco estratégias infalíveis:.

1- Identifique o que faz você comer mais – Faça um diário alimentar, relatando tudo o que ingeriu durante o dia, tomando nota até mesmo dos horários de lanches, refeições e eventuais beliscadas. Junto a esse registro, coloque também o sentimento que consegue identificar em cada um desses momentos ou um pouco antes disso –– tristeza, alegria, cansaço... “Ao lado de cada anotação, use uma escala de 0 a 10 para classificar a intensidade da fome”, recomenda Lara Natacci. Depois de alguns dias, observe e procure perceber o que você está comendo, quando e por quê. Trata-se de uma espécie de exercício de autoconhecimento que vai ajudar a frear os ataques de gula.

2- Liste as atividades que gosta de fazer e substitua as guloseimas por uma delas. Nessa relação, devem entrar apenas o que realmente lhe dá prazer. Pode ser dançar, passear com o cachorro, ouvir música, andar de bicicleta, escrever, nadar, cantar e por aí vai. Procure incluir o maior número possível de opções. “Quando vier o impulso pela comida, olhe a lista e tente realizar uma delas”, ensina Lara Natacci. Você vai ver que, na maioria das vezes, dá para fazer essa troca sem dramas e perceber que não é fome o que de fato está sentindo.

3- Faça o teste da fome – Num sábado ou domingo, levante pela manhã e não tome café. Observe quais são as suas reações quando o apetite desperta. Dor de cabeça, um pouco de tontura, mau humor, fraqueza? “Depois desse exercício, quando tiver vontade de comer fora de hora, mas não estiver com uma dessas sensações, a pessoa vai saber que não é fome”, explica Lara. Claro que esse teste só deve ser feito uma vez. E, no dia a dia, ninguém vai precisar esperar por uma dessas reações para, só então, se alimentar. Mas, quando aquela gulodice incontrolável vier à tona, esse pode ser um bom termômetro para sinalizar que é chegado o momento de dizer não aos petiscos.

4- Não armazene guloseimas em casa – O primeiro passo é ir sempre ao supermercado de barriga cheia. Assim, salgadinhos e afins não vão parar no carrinho e na despensa. Sem os quitutes guardados no armário, vão sobrar itens mais saudáveis e menos gordurosos para se satisfazer num momento de fúria. “O risco de exagerar é sempre maior se esses alimentos estiverem ao alcance”, afirma a nutricionista Mariana Del Bosco, responsável pelo Departamento de Nutrição da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

5- Evite riscar um determinado alimento do cardápio – Na hora de escolher o que comer, inclua sempre um mix de alimentos que fornecem todos os nutrientes de que precisamos, como vitaminas, minerais, gorduras, carboidratos e proteínas. Estudos provam que restrições severas provocam exageros depois, e o resultado acaba sendo bem pior. É aí que entra o famoso efeito sanfona. Por isso, não pense em cortar radicalmente açúcar ou chocolate, por exemplo. Basta diminuir o consumo. “Quando há a restrição, geralmente logo em seguida vem a compensação, e isso é péssimo”, diz a nutricionista Lara Natacci.




Fonte: Revista Saúde

10 de nov. de 2011

Cabeça de Magro "Parte II"

Nem pense na dieta da sopa, da Lua, dos carboidratos. Dieta não funciona. “Pode até fazer você perder alguns quilos mas, se depois você retornar ao seu antigo ambiente, seu cérebro volta a disparar o ciclo vicioso e você irá engordar de novo”, diz Kessler. Ele só acredita em uma saída: reprogramar a mente. “Precisamos estabelecer novos circuitos em cima dos antigos, aqueles que são ativados em resposta aos alimentos ricos em gordura, sal e açúcar”, diz. Um dos exercícios para chegar lá é olhar a comida engordativa não como algo saboroso, que trará recompensas. Mas pensar que, a médio prazo, aquele prato fará você se sentir mal, ganhar peso e até ter problemas de saúde. Nada fácil.

Assim como vale mudar o caminho de casa para o trabalho para evitar a lembrança ou um cheirinho tentador, é cauteloso não entrar na cozinha ao chegar em casa. Quando você passa longe das tentações, corta o ciclo de vício pela raiz. Por mais que você pense em um hambúrguer delicioso, se ele não está por perto e não há a menor chance de comê-lo, seu cérebro já não libera tanta dopamina. Logo, você não fica tão fissurado pelo sanduíche. O neurologista da Universidade McGill, no Canadá, Alain Dagher, comprovou isso em fumantes. Ao escanear o cérebro de voluntários, percebeu que os que haviam sido avisados de que receberiam cigarros ao final da sessão liberaram mais dopamina do que aqueles que sabiam que teriam que ficar sem fumar por mais 4 horas depois dela. O segredo, então, é dificultar o acesso às comidas gordas.

Repetir o cardápio todo dia também reduziria a fissura. Em abril, o professor de medicina preventiva da Universidade de Buffalo, Nova York, Leonard Epstein, publicou um estudo que demonstra que monotonia na mesa pode ajudar a perder peso. No experimento, mulheres cumpriam tarefas, como fazer uma palavra cruzada, e eram recompensadas com docinho e um pedaço de queijo. Foram cinco testes com dois grupos. Com o passar das sessões, observou-se que as voluntárias que iam semanalmente ao laboratório continuaram empenhadas em ganhar o queijo e o doce, mas as que frequentavam o local diariamente diminuíram seu desejo. “Elas se habituaram aos sabores e isso reduziu a motivação para comer”, diz Epstein. A tática pode funcionar para qualquer um que queira perder peso. Para não tornar as refeições um tédio, o pesquisador recomenda diminuir a variedade de alimentos ricos em gordura, sal e açúcar e, ao mesmo tempo, aumentar a de vegetais, laticínios e grãos — capazes de nos fazer parar de comer antes.


OS MOCINHOS

1. CASTANHAS;
Apesar de calóricas e gordurosas, podem levar à perda de peso. Além de gerar saciedade mais rapidamente, pouco se sabe sobre o fenômeno. Mas cientistas afirmam que esta é a prova de que o teor de gordura não é o único que se deve considerar na escolha de um alimento.

2. PÃES E GRÃOS INTEGRAIS; Entram na categoria dos alimentos minimamente processados que deixam o trabalho completo da digestão para o seu corpo. Como o serviço leva tempo, garante uma trégua para sua cabeça não pensar em comida.

3. IOGURTE; Esse é o herói do emagrecimento — sim, mais do que vegetais e grãos integrais —, pois ajuda a povoar nosso organismo com bactérias benignas. Cientistas acreditam que quando se tem poucas bactérias benignas no corpo, se engorda (não por acaso, bovinos são tratados com antibióticos para ganhar peso).


O PARADOXO DA GORDURA

Não adianta contar o número de calorias de um prato. Ingredientes mais calóricos podem, no fim das contas, fazer você emagrecer. É o que demonstra um longo estudo da Universidade de Harvard. Ao longo de 20 anos, os pesquisadores acompanharam os hábitos alimentares e o peso de mais de 120 mil norte-americanos saudáveis e não-obesos. O resultado do estudo, publicado em junho, comprova a tese, repetida pelos nutricionistas: grãos e massas integrais, castanhas e iogurtes nos fazem comer menos porque são eficientes em mandar para o cérebro os sinais de saciedade: sensores em nosso estômago e intestino informam à nossa cabeça os níveis de nutrientes já ingeridos e o quanto nossos órgãos digestivos já estão cheios. A gordura entraria nessa categoria de nos satisfazer rapidamente, exceto pelo fato de que ela demora demais a enviar à nossa cabeça a mensagem de que já nos alimentamos o suficiente. Nesse meio tempo, continuamos a comer. É o chamado paradoxo da gordura: ela sacia mas, ainda assim, nos faz comer mais.

A descoberta dos pesquisadores americanos e italianos sobre a liberação no intestino de endocanabinoides pode ajudar a entender essa contradição. Afinal, especulam os cientistas, esses químicos similares aos da maconha são os que prejudicam o envio dos sinais de saciedade ao cérebro. A nova pesquisa também abre perspectivas para a criação de remédios que bloqueiem essas substâncias e, assim, nos façam comer menos. “Foi a primeira vez que um estudo mostrou que é possível inibir os endocanabinoides no intestino, ou seja fora do cérebro, eliminando possíveis efeitos colaterais psíquicos”, afirma DiPatrizio. A hipótese foi testada em ratos, mas ainda está longe de fazer você poder se esbaldar na comilança sem se preocupar com os quilos extras.

Enquanto gordura, sal e açúcar ainda deixam você na fissura, o melhor é investir no programa de reabilitação alimentar. Resista à tentação das comidas supergordas e incrivelmente sedutoras e aposte nos pratos que vão deixá-lo satisfeito por mais tempo. Grãos integrais e alimentos cheios de fibras, como frutas e legumes, farão você passar mais horas sem comer após uma refeição. Sim, não é fácil ir contra nossa tendência natural a ter cabeça de gordo. De vez em quando você terá recaídas. Mas, aos poucos, pode conseguir reprogramar sua mente. E verá que nada garante tantos quilos a menos como ter uma cabeça de magro.


Fonte: Revista Galileu

1 de nov. de 2011

Cabeça de Magro "Parte I"


OS VILÕES

1. BEBIDAS ADOÇADAS > Nosso corpo não interpreta as calorias dos líquidos como faz com os alimentos sólidos. Sucos, refrescos e refrigerantes saciam pouco e nos fazem comer mais. Quando há adição de açúcar, costuma ser em exagero.

2. GRÃOS REFINADOS > Pão e arroz branco logo viram glicose na digestão. Assim, há pouca diferença entre eles e uma tigela de açúcar puro.

3. BATATAS > São as piores. Rapidamente digeridas, viram glicose. As fritas são ainda mais viciantes, por causa da gordura e pela textura crocante por fora e macia por dentro, que ativam os circuitos de prazer.

4. CARNES > Evite até o fim as processadas (como hambúrgueres e salsichas) . Além da adição de gordura e açúcar, é como se a indústria já fizesse metade da digestão por nós. Macias e desmanchando na boca, só estimulam a comilança.

5. DOCES > Supercalórico, o açúcar é processado pelo corpo em tempo recorde e não deixa você satisfeito. É um dos ingredientes que dispara nosso sistema de vício no cérebro. Misturado à gordura (como em sorvetes) esse efeito é agravado.




PONTO G DO CÉREBRO

A grande dificuldade em resistir a essas comidas tão saborosas e viciantes é que elas provocam uma verdadeira festa em nossa cabeça, nos fazem liberar químicos do prazer de maneira instantânea. E a sensação de êxtase pode ir além se houver novidade e variedade em seu prato, já que as células cerebrais têm preferência. Algumas respondem ao gosto, outras à textura dos ingredientes, ao seu cheiro, à simples visão ou à temperatura da comida. Os neurônios ligados ao açúcar irão vibrar quando você come um doce, por exemplo. Os que adoram sal vão enlouquecer na presença de uma coxinha.

Agora, imagine que você coma um quitute que misture doce, crocante e macio, quente e frio — como um sorvete com calda de chocolate fumegante em uma casquinha de biscoito salpicado por balas coloridas. Diversos neurônios vão acender ao mesmo tempo e fazer uma verdadeira rave em sua cabeça. A sensação é praticamente irresistível, mas cada vez que você cede a ela, só fortalece o vício.

Toda essa comilança chega ao chamado hedonic hot-spot (ponto quente do prazer), uma espécie de ponto G do cérebro que, diferente do ponto G feminino, pode ser encontrado em regiões diversas. “Do tamanho de uma cabeça de alfinete, esses pontos levam a um pico de prazer quando são estimulados por opioides ou endocanabinoides”, afirma o professor de biopsicologia e neurociência da Universidade de Michigan, Kent Berridge. “A combinação de gordura e açúcar é muito mais potente do que os dois ingredientes separados”, diz Keller. Isso explica por que preferimos um brownie suculento a uma colher cheia de açúcar cristal. A somatória de sensações torna o prazer mais potente e a vontade de comer foge do controle. Para piorar, o mundo atual nos empurra para esses desejos o tempo todo.

A evolução que nos levou a fazer de tudo para comer alimentos calóricos, há milhares de anos, não previu que hoje haveria lojas de conveniência e lanchonetes a cada esquina. “O sistema que era útil à sobrevivência humana tornou-se muito perigoso, porque o excesso de consumo leva à obesidade, diabete e alguns tipos de câncer”, afirma o biopsicólogo Gary Beauchamp, diretor do Monell Center, instituto americano de pesquisa em paladar e olfato. Nossos antepassados pré-históricos precisavam armazenar todas as calorias disponíveis. Hoje, a maior parte do tempo estamos expostos a anúncios apelativos de comidas superdoces e gordurosas. Nunca foi tão fácil e barato conseguir salgadinhos e refrigerantes. E a indústria vem tomando proveito das descobertas sobre nosso vício em comida. “Os alimentos vêm sendo alterados com o objetivo de ficarem muito mais estimulantes. Nossa cabeça simplesmente não sabe como reagir a eles e acabamos comendo demais”, afirma Gearhardt.

A pesquisadora diz que a comida está tomando o papel que foi do tabaco há décadas. Quando fumar não era socialmente estigmatizado, o cigarro era fácil de se conseguir e exposto em todo lugar: bares, lanchonetes, supermercados. Com as campanhas contra essa indústria, a exposição diminuiu. O hábito caiu junto, mas abriu espaço para outros vícios. “Dos anos 60 até agora, o peso médio de um americano adulto aumentou 11 quilos”, afirma Linden. Os brasileiros também estão ficando mais cheinhos. Segundo dados do IBGE divulgados em julho, o excesso de peso já atinge metade da população. “Para algumas pessoas poderia ser o álcool, as drogas, o sexo ou a jogatina. Mas o vício socialmente mais aceito hoje certamente é o da comida”, diz Kessler. Afinal, vivemos em busca do prazer — cientificamente falando. Para se livrar de tal vício, que, em diferentes graus, atinge 85% da população mundial, só passando por um programa que o pesquisador chama de reabilitação alimentar.

Continua na próxima semana...


Fonte: Revista Galileu

6 de out. de 2011

POR QUE COMER ABACATE?

Exterminador de gordura: o abacate é rico em gordura e, consequentemente, tem muitas calorias (160 em 100 gramas). Por isso nem pense em exagerar. Você deve, sim, incluí-lo no cardápio com frequência e em doses moderadas, sozinho ou em receitas leves. Esse é o segredo para ajudar a secar a barriga - poder que vem (adivinha!) da gordura, segundo estudo da faculdade de medicina da Universidade Harvard. Formada basicamente de ácido oleico (a mesma substância anti-inflamatória do azeite de oliva), a gordura do abacate reduz o risco de síndrome metabólica - desordem no metabolismo capaz de desencadear diabetes e ganho de peso.

Redutor de cortisol: outro componente da fruta que favorece o emagrecimento é a glutationa. "Essa substância, presente naturalmente no organismo, é reforçada pelo o abacate. Resultado: maior controle nos níveis de cortisol, o hormônio do stress que, em excesso no organismo, dificulta a perda de peso", explica Daniela Jobst, nutricionista da Nutrijobst, em São Paulo. Pior: faz você acumular gordura especialmente na barriga. A glutationa ainda tem ação detox - ou seja, contribui com o fígado na eliminação das toxinas.

Bloqueador de inflamação: mais uma substância do fruto do abacateiro, o beta-sitosterol age como um anti-inflamatório, fazendo com que as células do organismo exerçam melhor suas funções. Isso não só facilita a dieta como diminui o aparecimento de rugas precoces e celulite. A pele também fica mais bonita porque o abacate tem substâncias antioxidantes como as vitaminas A, C e E.

Inibidor de apetite: a gordura da fruta ainda aumenta a sensação de saciedade e adia a fome. Para obter esse efeito (lembre-se!), basta uma porção moderada - uma fatia fina na salada, por exemplo. Quando você acrescenta o abacate na refeição tem mais uma vantagem: aumenta a absorção do licopeno, famoso antioxidante presente principalmente no tomate. E quanto mais suprir seu organismo dessas substâncias, mais fácil aparece o resultado da dieta - e mais chapada fica a barriga!



Fonte: Revista Boa Forma

28 de set. de 2011

Apague o fogo do seu estômago!

A escolha correta dos alimentos impede que a faísca estomacal se transforme em fogaréu, promovendo um alívio duradouro.

Café da manhã: As proteínas do ovo ajudam a reconstituir a parede do estômago após o jejum noturno e o pão integral controla os níveis de ácido clorídrico, substância por trás da queimação

Almoço: As fibras da maçã e do arroz integral somadas ao betacaroteno da cenoura também protegem contra o incêndio.

Entre refeições: O iogurte equilibra os níveis de acidez estomacal e os grãos integrais dão uma força e tanto para o bom trabalho da digestão.

Jantar: A água de coco hidrata e ameniza a dor. Os brócolis complementam o serviço, diminuindo a inflamação.

Seja de origem bacteriana ou emocional, o desconforto na parte superior do abdômen é o mesmo. Quem sofre de gastrite apresenta sintomas como dor de estômago e queimação. Essa inflamação no órgão que tem como responsabilidade preparar os alimentos e enviá-los ao intestino delgado aparece quando suas paredes internas passam a não suportar o ácido que circula por ali e que é essencial para a digestão das proteínas. Sem os cuidados adequados, a gastrite pode evoluir para problemas mais sérios, como úlcera e até câncer.

Uma bactéria incendiária, a Helicobacter pylori, é a principal causa da ardência estomacal. Geralmente, o micro-organismo se aloja nesse órgão e, dependendo da sorte do hospedeiro, assume a persona de um piromaníaco. "A bactéria não discrimina nem sexo nem faixa etária", diz o gastroenterologista Flavio Steinwurz, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Felizmente, dá para controlar o ímpeto ardoroso do micróbio com alimentos capazes de apagar esse fogo todo (veja ao lado). A boa-nova vem da Universidade de Otago Christchurch, na Austrália, onde a pesquisadora Jacqueline Keenan estuda uma espécie de dieta contra a gastrite.

Os resultados ainda não foram divulgados, mas Jacqueline garante com exclusividade a SAÚDE que são encorajadores. Apesar do segredo, a especialista adianta: "O broto de brócolis combinado com cápsulas de óleo de groselha-negra tem seu efeito anti-inflamatório potencializado, controlando os sintomas". Ok, as tais cápsulas não são encontradas com facilidade aqui…

O senso comum ainda lista itens da despensa que prejudicam a mucosa que reveste o estômago, mas lembre-se: o organismo de cada pessoa reage de uma forma diferente. "É importante testar os alimentos que causam desconforto e retirá-los do cardápio", ensina o nutrólogo Dan Waitzberg, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Restringir a produção de ácido ficando de olho no que a gente come é de extrema importância, já que cada mordida dá a largada para o sistema digestivo trabalhar. Essa tática minimiza a agressão contra as paredes internas do estômago — e isso proporciona um alívio daqueles. Mas, além do monitoramento das refeições, outros passos podem amenizar a ardência e a controlar a progressão das lesões. A mastigação, como primeira fase da digestão, poupa os esforços do órgão. “A amilase, enzima da saliva, começa a quebrar o amido já na boca”, conta Flavio Steinwurz.

Comer várias vezes ao dia também está no topo da lista de conselhos de qualquer nutrólogo ou nutricionista. “Quantidades menores fazem com que o estômago não fique abarrotado”, diz a nutricionista Beatriz Botéquio, da Equilibrium Consultoria, na capital paulista. “Dessa maneira, o tempo de jejum também diminui, prevenindo a acidificação estomacal e, consequentemente, as crises de gastrite”, complementa Dan Waitzberg.

Na hora do suplício, vale apelar para chás antiácidos. “O de espinheira-santa, planta do Sul do Brasil, pode ajudar”, recomenda Waitzberg. E cuidado com o leite puro, que estimula a secreção de suco gástrico, e anti-inflamatórios. “Como são dissolvidos e absorvidos no próprio estômago, acabam causando lesões”, explica Fernando Bahdur, médico da Associação Brasileira de Nutrologia. Agora é só evitar os alimentos incendiários e investir nos protetores. E coma sem medo.

Os incendiários do estômago:

Eles ou estimulam a produção de ácido estomacal ou agridem diretamente a mucosa do órgão. E aí é desconforto na certa. Estamos falando de: café, chocolate, bebidas alcoólicas, alho, pimenta, mostarda, cebola, molho de tomate, energéticos e frutas ácidas, como o abacaxi, a laranja e a acerola.

Remédio de origem vegetal:

A Agencia Nacional de Vigilância Sanitária aprovou o primeiro medicamento a base de plantas contra gastrite. Seu principio ativo . Schinus terebinthifolius . vem da árvore brasileira aroeira.mansa, alivia os sintomas e cicatriza a mucosa estomacal sem efeitos colaterais.


Fonte: Revista Saúde. Ed 341.

8 de set. de 2011

6 truques para te encher de energia e disposição!


O sono e o cansaço ao fim de um dia longo e estressante são normais. Mas, se isso se tornar rotina, roubando sua energia e seu ânimo, está na hora de mudar de atitude e recuperar a alegria de viver.

Conheça alguns truques capazes de te encher de energia e disposição:
- Banhos de contraste matinais e jatos de água fria nos braços são verdadeiros despertadores — sobretudo quando a causa do sono crônico é pressão baixa.
- Se tempo é o seu problema, faça rapidamente um banho frio nos braços: mergulhe durante alguns segundos os braços na pia ou em um balde com água gelada até a altura dos cotovelos.
- Assim como a pressão baixa, o sono e o cansaço podem ser combatidos com uma massagem matinal com uma escova de cerdas naturais.
- Uma caminhada ao ar livre e em um local agradável também faz bem se a causa do cansaço for um desgaste físico ou mental. Esportes mais leves, como ginástica, corrida ou bicicleta, também revigoram.
- Chá de urtiga, de raiz de gengibre, de espinheiro-branco ou de visco são estimulantes. Beba 2 ou 3 xícaras por dia. 
- Uma bebida à base de plantas bastante estimulante é o chá de ginseng. Para prepará-lo, adicione 1 colher (chá) cheia de ginseng  picado em 1 xícara de água fervente. Reserve durante 10 minutos e coe. Beba 2 xícaras diárias.